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Mostrando postagens de novembro, 2014

"Borboletas da Oficina Reconstruindo"

Em cada envelope esta um livro infantil, destinado aos leitores de nossa cidade, encontre por ai, em seu caminho e entregue em mãos a uma criança, fazendo assim parte dessa iniciativa e contribuindo com o plantio de quem acredita que boas ações surge em qualquer lugar e momento! SILVIA HELENA CALCAGNO IDEALIZADORA DO PROJETO OFICINA RECONSTRUINDO

Estamos chegando ao fim do ano e num momento de mais incentivo ao consumo, mas entendo que é preciso sobreviver num sistema que persiste em ser caro, não custa pouco nosso dia a dia, sabemos como chefes de família que a batalha é diária na corrida ao básico, mas é preciso olhar em volta para não nos tornarmos sistematizados pela rotina da busca e pelo ganha pão.Que nesse ano que termina possamos adiantar os pensamentos bons e a fé que nos rege, pois acho difícil que pessoas sem crenças consigam permanecer intactos por tantas provações, entendo que a prova dos dez da vida é sim dentro de nossa casa, com quem vivemos, compartilhamos o dia e a noite, Que sejamos perseverantes na luta para se viver bem e melhor, que os sonhos sejam do tamanho do "possível", pois a felicidade maior é o tempo que temos no "agora".

SILVIA HELENA CALCAGNO

ATOS DE POESIA

Desfaça em mim o gosto que eu não gosto Me ajude a acreditar no que eu aposto Habite onde cresce o meu vazio Me aponte o limiar que eu distancio Definhe o que me dói e eu não ligo Me ensine a escapar do meu perigo Acenda nos meus olhos o que eu cego Conduza às minhas mãos o que eu renego Devolva o que eu mais creio e não edifico Me ensine o que eu mais sei e não pratico Arraste até o abismo os meus tormentos Retire lá de dentro os meus alentos Sublinhe a compreensão nos meus escritos Ressoe a suavidade nos meus ditos Preencha o meu viver de compaixão Me livre de matar minha redenção Desarme as armadilhas que eu mantenho Preserve o bem querer que eu ainda tenho Não deixe que eu esqueça o que lhe peço Me aceite como eu sou e me confesso (Yrto Mourão/Atos de Poesia)

Poema da Necessidade - Carlos Drummond de Andrade c/ Tom Jobim

Precisas de pincel??

BALANÇO NA VIDA

Será que somos da antiga Uns alucinados visionários Uns impetuosos estressados Uns aloprados desmiolados Uns dos que sabem aonde ir? Será que somos... Não dos mais lembrados Não dos mais queridos Um pouco mudos calados Uns falantes acotovelados? Será que somos... Apenas um puro engano Donos de capciosas pinóias Donos de opressivas levezas Seres feitos só de durezas? Será que somos... Um pouco inspirados Um pouco agressivos Um pouco sozinhos Um pouco ciganos? Será que somos... Um pouco vespertinos Um pouco notívagos Um pouco acanhados Só um pouco desleixados? Será que somos... Apenas muito vagos Apenas uns puristas Não muito criticos Nem um pouco pacificos? Será que somos... Apenas uns adultos precoces Umas crianças enrustidas Só uns jovens assustados Ou um pouco de tudo isso? Será que possuímos... Só sonhos que impossíveis Pouca garra para consegui-los Só uns planos impraticáveis Ou só pesadelos plausíveis? Será que somos.. Alguém em busca

AREIA BRANCA, A INFÂNCIA

A cidade adormecida no coração do poeta, entre pregões matinais, subitamente desperta. Por trás da Serra Vermelha, nasce a manhã, nas levadas, na solidão das salinas, nas águas envenenadas. Maçaricos alçam vôo, nas várzeas de pirrixiu. Pescadores solitários Pescam o silêncio do rio. Num bosque de mata-pasto, Atrás de Amaro Besouro, Desabrocha o fumo-bom, Em finos cálices de ouro. Calafates calafetam velhos barcos irreais. Moinhos movem os ventos nas tardes do nunca mais. O sol se pondo na barra, entre mangues e canoas, põe rebrilhos de vidrilhos nas marolas das gamboas. A noite cai. Cães vadios ladram na rua, à distância. Deslizam sombras esquivas nas esquinas da lembrança. Todos os que se mudaram para o outro lado da vida e dormem, no cemitério da cidade adormecida. Vêm a mim, me cumprimentam, me comovo ao recebê-los. Baila uma fina poeira, em torno de seus cabelos. Converso com Pum-na-Guerra, Fumo-bom e Baranhaca. Abraço Maria-mole, Ciço Cabelo-de-vaca. Passo no Canal do