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Mostrando postagens de outubro, 2011

ARROZ DE CARRETEIRO

Autoria: Jayme Caetano Braun Nobre cardápio crioulo das primitivas jornadas, Nascido nas carreteadas do Rio Grande abarbarado, Por certo nisso inspirado, o xiru velho campeiro Te batizou de "Carreteiro", meu velho arroz com guisado. Não tem mistério o feitio dessa iguaria bagual, É xarque - arroz - graxa - sal É água pura em quantidade. Meta fogo de verdade na panela cascurrenta. Alho - cebola ou pimenta, isso conforme a vontade. Não tem luxo - é tudo simples, pra fazer um carreiteiro. Se fica algum "marinheiro" de vereda vem à tona. Bote - se houver - manjerona, que dá um gostito melhor Tapiando o amargo do suor que - às vezes, vem da carona. Pois em cima desse traste de uso tão abarbarado, É onde se corta o guisado ligeirito - com destreza. Prato rude - com certeza, mas quando ferve em voz rouca Deixa com água na boca a mais dengosa princesa. Ah! Que saudades eu tenho dos tempos em que tropeava Quando de volta me apeava num fogão rumbeando o cheiro E por ali - tar

PAJADA À MULHER

Composição: Jadir Oliveira / Paulo De Freitas Mendonça Abro minh'alma cativa Que amanheceu orvalhada Querendo ser libertada Por esta musa nativa Deusa guardiã primitiva Do segredo mais fecundo Com sentimento profundo Conforme o tema requer Vamos pajar à mulher Progenitora do mundo Este princípio que fitas Num horizonte de sonho A ele eu me proponho Pois há rimas infinitas Com atitudes bonitas Tem a mulher, com certeza, Meiguice, amor, firmeza E um dom de protetora Seja santa ou pecadora Transcende a própria beleza Antes mesmo de ser gente Somos dependentes dela E quando abrimos a goela Para este mundo vivente É ela quem faz a frente Para apontar o caminho É tão grande o seu carinho Seu seio, tão importante, Como quem diz “segue adiante Que eu não te deixo sozinho” Desde a mãe, primeiro amor, A mulher está presente No coração inocente Que desabrocha qual flor Depois quando sonhador A professora primeira, A namorada trigueira Que pra vida dá sentido E quando amadurecido, Os braços

ORAÇÃO AO TEMPO - COMPOSTA POR CAETANO VELOSO

És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo tempo tempo tempo Vou te fazer um pedido Tempo tempo tempo tempo… Compositor de destinos Tambor de todos os rítmos Tempo tempo tempo tempo Entro num acordo contigo Tempo tempo tempo tempo… Por seres tão inventivo E pareceres contínuo Tempo tempo tempo tempo És um dos deuses mais lindos Tempo tempo tempo tempo… Que sejas ainda mais vivo No som do meu estribilho Tempo tempo tempo tempo Ouve bem o que te digo Tempo tempo tempo tempo… Peço-te o prazer legítimo E o movimento preciso Tempo tempo tempo tempo Quando o tempo for propício Tempo tempo tempo tempo… De modo que o meu espírito Ganhe um brilho definido Tempo tempo tempo tempo E eu espalhe benefícios Tempo tempo tempo tempo… O que usaremos prá isso Fica guardado em sigilo Tempo tempo tempo tempo Apenas contigo e comigo Tempo tempo tempo tempo… E quando eu tiver saído Para fora do teu círculo Tempo tempo tempo tempo Não serei nem terás sido Tempo tempo tempo tempo… Ainda assim ac