Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2012

OTONO

Restablecido apenas de mis males principescos, percibo la elegancia de los jardines de oro y la fragancia de los fríos senderos otoñales. Pienso que de cármenes lejanos ha de venir, lo mismo que en un cuento, una reina a curar mi desaliento con las últimas rosas de sus manos. Viene y va mi dolor como una esencia de jazmines sigilo de la brisa. Es tan sensible mi convalecencia que el vuelo de las hojas me conmueve y me hace sollozar una sonrisa. Juan Guzmán cruchaga ( chileno). Poesia Universal (Grandes Poemas ) Selección de Maria Romero

O REI E O SAPATEIRO

Era uma vez... quando foi Eu bem ao certo não sei! Porém sei que era uma vez Um sapateiro e um rei. Olha, Helena, o sapateiro Era um pobre remendão, Casado e com quatro filhos, Que vivia quasi sem pão. No recanto de uma escada Noite e dia trabalhava, E por allivio de máguas, Esta cantiga cantava: "Ribeiros correm aos rios, Os rios correm ao mar; São tudo leis deste mundo Que ninguém póde atalhar: Quem nasce para ser pobre Não lhe vale o trabalhar!" O rei tinha montes d'ouro E joias em profusão, E tinha mais que ouro e joias, Pois tinha um bom coração. Em vendo um pobre, acudia-lhe Sem que o soubesse ninguem, Que assim quer Deus que se faça. E assim o faz tua mãe. Por muitas vezes saía Sem criados de libré, E sósinho e disfarçado Corria a cidade a pé. Na rua do sapateiro Passa o rei e ouve cantar: "Quem nasce para ser pobre Não lhe vale o trabalhar." Isto uma vez e mais de uma com voz que o pranto cortava, E o rei condoeu-se d'alma Do velho que assim cantava.

A TORRENTE

Da serra azul, onde a palmeira medra, Onde paira a neblina, se deriva, Entre abertos lisins de esconsa pedra, Um fio de agua viva; Exiguo e frouxo, palmo a palmo, avança Pela escarpada; a folha, de passagem, Leva, rodeia os troncos, não descansa, Não pára na viagem. Ora entre os lichens verdes-serpentêa, Corre entre os fetos, geme na fragura, Ora caminho aberto em livre areia Acha, - avança, murmura, Desce, depois mais volumoso, arreda Quanto encontra e, augmentado em cada fragua, Recúa e salta, erguendo em cada quéda O seu pennacho d'agua; Com a chuva engrossa, rue no chão de gruta, Cascata agora, - a penedia bronca Mina-a em redor, desloca-a, immensa e bruta, Leva-a, espumeja e ronca; A tudo investe, abala, desimplanta, Destróe, derruba, na evulsão crescente, E ruge das quebradas na garganta A impetuosa torrente. Negra socava tetrica, soturna, Treme e retumba; as aguas passam; - tudo Geme, - os ninhos, a flor, o antro, a furna, A'quelle embate rudo.

A ROSA E A AÇUCENA

DISSE UMA ROSA CORADA: "O QUE VALES, AÇUCENA, SYMBOLIZANDO A CANDURA? QUASI NADA." A FLOR RESPONDE AGASTADA: "O QUE VALES TU, Ó ROSA, EXPRIMINDO A FORMOSURA?... QUASI NADA." DIZ A MORAL ASSISADA: " O QUE VALE A FORMOSURA SEM A PUREZA, A VIRTUDE?... NADA, NADA." ANASTACIO LUÍS DE BOMSUCESSO.
"SÃO DUAS FLORES UNIDAS, SÃO DUAS ROSAS NASCIDAS, TALVEZ, NO MESMO ARREBOL, VIVENDO DO MESMO GALHO, DA MESMA GOTA DE ORVALHO, DO MESMO RAIO DE SOL." CASTRO ALVES

O BAILE!

SE JUNTO DE MIM TE VEJO ABRE-TE A BOCA UM BOCEJO, SÓ PELO BAILE SUSPIRAS! DEIXAS AMOR-PELAS GALAS, E VAES OUVIR PELAS SALAS ESSAS DOURADAS MENTIRAS! TENS RAZÃO! MAIS VALEM RISOS FINGIDOS, D'ESSES NARCIZOS -BONECOS QUE A MODA ENFEITA- DO QUE A VOZ SINCERA E RUDE DE QUEM, PRESANDO A VIRTUDE, OS ATAVIOS REJEITA. TENS RAZÃO!-WALSA, DONZELLA, A MOCIDADE É TÃO BELLA, E A VIDA DURA TÃO POUCO! NO BORBORINHO DAS SALAS, CERCADA DE AMOR E GALAS, SÊ TU FELIZ-EU SOU LOUCO! E QUANDO EU SEJA DORMIDO SEM LUZ, SEM VOZ, SEM GEMIDO, NO SOMNO QUE A DÔR CONFORTA; AO CONCERTAR TUAS TRANÇAS NO MEIO DAS CONTRADANÇAS DIZ TU SORRINDO:-"QU'IMPORTA?.... "ERA UM LOUCO, EM NOITES BELLAS "VINHA FITAR AS ESTRELLAS "NAS PRAIAS, CO'A FRONTE NUA! "CHORAVA CANÇÕES SENTIDAS "E FICAVA HORAS PERDIDAS "SÓSINHO, MIRANDO A LUA! "TREMIA QUANDO FALLAVA "E-POBRE TONTO-CHAMAVA "O BAILE-ALEGRIAS FALSAS! "-EU GOSTO MAIS D'ESSAS FALLAS "QUE ME MURMURAM NAS SA