Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2015

DUAS VEZES NÃO SE FAZ

Não se faz o mundo duas vezes: Duas vezes a Lua. Duas vezes o Mar. Não se faz duas vezes; A inclinação do Cruzeiro do Sul, A rotação diversas dos Astros A luz solar riscando madrugadas, Crepúsculos incendiados Para o sono dos pássaros. Duas vezes não se fará: O rumor das ondas Por cima de caranguejos translúcidos. Chuvas tropicais Resvalando em rios caudalosos, Pororocas noturnas, Revolvendo assombrações Mas, se fará: Negras espumas de óleo subterrâneos Nuvens asfixiantes em horas imprevisíveis, Mortos mares naufragados em detritos, Desertos de verdes calcinados, Terra desfigurada de pólo a pólo. Terra inútil Túmulo rejeitado De fracasso humano. Poema de Hermano José
A máquina do mundo E como eu palmilhasse vagamente uma estrada de Minas, pedregosa, e no fecho da tarde um sino rouco se misturasse ao som de meus sapatos que era pausado e seco; e aves pairassem no céu de chumbo, e suas formas pretas lentamente se fossem diluindo na escuridão maior, vinda dos montes e de meu próprio ser desenganado, a máquina do mundo se entreabriu para quem de a romper já se esquivava e só de o ter pensado se carpia. Abriu-se majestosa e circunspecta, sem emitir um som que fosse impuro nem um clarão maior que o tolerável pelas pupilas gastas na inspeção contínua e dolorosa do deserto, e pela mente exausta de mentar toda uma realidade que transcende a própria imagem sua debuxada no rosto do mistério, nos abismos. Abriu-se em calma pura, e convidando quantos sentidos e intuições restavam a quem de os ter usado os já perdera e nem desejaria recobrá-los, se em vão e para sempre repetimos os mesmos sem roteiro tristes périplos, convidando-os a todos, em coor
ESTAFETA SEM RUMO Sou Andarilho Peregrino Trem Sem Trilho Gramíneas Sem Milho Maquinista Valdevino Sou Andarilho Peregrino Com Alma De Aventureiro Espírito Forasteiro E Sonho De Menino Sou Andarilho Peregrino Cego Romeiro Errante Perdido De Mim Clandestino Fugido Da Vida Viajante Sou Andarilho Peregrino Garimpeiro De Ilusão Na Gruta Escura Do Destino Passarinho Sem Alçapão Sou Andarilho Peregrino Destemido Caçador Adulto Pequenino Semente De Lavrador Marcus Deminco

"... e assim ando por aí, entre rastros e folhas procurando ...sentido".

SILVIA HELENA CALCAGNO

“Sempre que chove Tudo faz tanto tempo.. E qualquer poema que acaso eu escreva Vem sempre datado de 1779!” MÁRIO QUINTANA

"Para toda malícia, tem uma inocência. Para toda chuva, tem um sol. Para toda lágrima, tem um sorriso.” TATI BERNARDI