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Mostrando postagens de junho, 2013

PÃO A PESO

Para o pobre municipe indefeso Foi sempre um logro o pão de cada dia, Deante da indifferença e do desprezo Da edilidade surda-muda e fria! Que ella perca, afinal, o antigo vezo E, dando mostras de sabedoria, Ordene que se venda o pão a peso, Ponha balança em cada padaria. Só assim Zé povinho proletario, Sem temor de, qual pillula, engulil-o, Poderá mastigar seu panis diario. Mas, porque fique o povo mais tranquillo, Dê-se á lei additivo compulsorio Que em mil grammas mantenha cada kilo... FONTE DA CARIOCA D.XIQUOTE  1922

PIANO DE BAIRRO

Na rua sossegada onde moro, - á tardinha, quando em sombras o céu lentamente escurece, - um piano solitário, em surdina, - parece acompanhar ao longe a tarde que definha... Nessa hora, em que de manso a noite se avizinha, seus acordes pelo ar têm murmúrios de prece... -Ah! quem não traz como eu também, na alma sozinha, um piano evocativo que nos entristece? Há sempre um velho piano de bairro, esquecido na memória da gente, - e que nas tardes mansas sonoriza visões de outrora ao nosso ouvido. Seus monótonos sons, seus estudos sem côr, repetem no teclado branco das lembranças o inconcluso prelúdio de um longínquo amor!                              J. G DE ARAUJO JORGE                                 ETERNO MOTIVO

...sugestão! ... juntos e misturados!!

...como uma flor...