O carnaval me fascinou desde a mais tenra infância e ficava alucinada querendo participar dos blocos que se formavam, encantador no colorido e especial na animação de cada folião. Na minha cidade do Rio de Janeiro era a delícia dos meus tempos de garota. Jogava as serpentinas como eu observava os adultos fazerem, e ficava enfeitiçada pela direção imprevisível que elas tomavam. Tudo era fascinação nos áureos tempos em que ainda se podia dar ao luxo de brincar carnaval, sem temer a violência e as drogas. Elas existiam, mas de uma maneira mais amena e sem ostentação. Em todos os carnavais de minha infância a fantasia era indumentária insubstituível, uma espécie de entrada obrigatória e evidente para qualquer reunião da criançada enlouquecida pelas brincadeiras informais e querendo seguir o palhaço que fazia a abertura da festa popular. E nos reuníamos primeiramente na Praça do Lido, sambando ao ritmo das músicas executadas. Nunca esquecerei o leve e inebriante torpor que aqueles três dias...
ESPAÇO DE INCENTIVO E PRÁTICAS ITINERANTES À LEITURA. SILVIAHELENA.CALCAGNO@HOTMAIL.COM (53) 984153820