Para o pobre municipe indefeso
Foi sempre um logro o pão de cada dia,
Deante da indifferença e do desprezo
Da edilidade surda-muda e fria!
Que ella perca, afinal, o antigo vezo
E, dando mostras de sabedoria,
Ordene que se venda o pão a peso,
Ponha balança em cada padaria.
Só assim Zé povinho proletario,
Sem temor de, qual pillula, engulil-o,
Poderá mastigar seu panis diario.
Mas, porque fique o povo mais tranquillo,
Dê-se á lei additivo compulsorio
Que em mil grammas mantenha cada kilo...
FONTE DA CARIOCA
D.XIQUOTE
1922
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